A humanidade como um todo tem passado por diversas transformações, seja tecnológica, social e/ou econômica. Quando se fala em juventude, não é diferente, mudanças podem ser notadas no âmbito político, jurídico e social. Diante disso, indico o texto “Admirável Mundo Novo” de Beto Cury, Secretário Nacional da Juventude.
É assim que o artigo chama atenção: o autor destaca que as grandes mudanças têm ocorrido num curto espaço de tempo. E, embora sejam conquistas, não deixam de gerar muitas indagações para a sociedade.
Sabe-se que nem sempre os jovens foram vistos como sujeitos de direitos, por muito tempo não houve preocupação social, jurídica e/ou política com eles, assim Cury coloca que “até a década de 90, o trato da temática juvenil se dava apenas pelo princípio do saneamento social, meramente reativo”. As políticas públicas desenvolvidas para a juventude até tempos atrás eram utilizadas para sanar problemas, ou seja, as ações desenvolvidas apresentavam caráter essencialmente emergencial.
Entretanto, os jovens representam uma significativa parcela dentro da população brasileira, assim, não demorou uma mobilização social. E nesse contexto entrou em vigor o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), legislação que representa um grande avanço na área de direitos tanto das crianças como dos adolescentes.
Mesmo com a visibilidade dada aos direitos e às políticas públicas a esses sujeitos, Cury expõe que esses fatos se mostraram precários para a implementação de políticas públicas para a juventude. No entanto, para o autor, essas medidas a priori emergenciais, deveriam atender todas as disparidades dessa fase, que varia de acordo com aspectos sociais, econômicos, culturais e territoriais.
Com base nisso, o secretário coloca que houve algumas mudanças por parte das lideranças políticas na forma de lidar com o tema juventude. Assim, destaca marcos dentro das ações políticas voltadas a esse público, coloca a inclusão digital como algo essencial, além é claro, da educação e a evasão escolar como um problema a ser suprido e ainda expõe algumas tentativas para a democratização da cultura.
E por fim, Cury ainda afirma que atualmente o desafio que a sociedade tem que enfrentar é aquele de construir “um mundo onde o homem, o jovem, seja senhor de sua própria história”, ou seja, um sujeito ativo e não mero espectador dos fatos.
Acesse o texto Admirável Mundo Novo de Beto Cury: http://www.arnaldogodoy.com.br/pdfs/revista_2007.pdf#page=43 (Revista Outro Olhar, página 12)
Por Flávia Francielle da Silva
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