“Liberdade é legal, mas falar dela e vivê-la são duas coisas diferentes...
Eles falam sem parar de liberdade individual. Mas, quando vêem um indivíduo livre ficam com medo”
Eles falam sem parar de liberdade individual. Mas, quando vêem um indivíduo livre ficam com medo”
(George Hanson- Jack Nicholson)
Sem Destino, originalmente chamado “Easy Rider”, é um filme americano do diretor Dennis Hopper estreado na década de 1969. Esse filme se tornou um dos clássicos da juventude dessa época, conta a aventura de dois motociclistas protagonizados por Billy (Dennis Hopper) e Wyatt (Peter Fonda) e com o coadjuvante George Hanson (Jack Nicholson), que percorrem as estradas dos Estados Unidos em busca de uma América real e original.
O filme está em consonância com um contexto histórico específico no qual a juventude expressa uma cultura diferente daquela predominante nos Estados Unidos e que foi denominado contracultura.
O filme está em consonância com um contexto histórico específico no qual a juventude expressa uma cultura diferente daquela predominante nos Estados Unidos e que foi denominado contracultura.
Aliado ao ideal de liberdade, os dois jovens vivenciam várias experiências no decorrer da viagem, inclusive preconceitos e tentativa de “enquadramentos” dada as suas maneiras “diferentes” de ser, de se vestir, de falar, etc...
A trama aborda também questões como entorpecentes (drogas), sexo, além de mostrar a construção da identidade com base em referenciais que ora são absorvidos, ora são repelidos pela juventude que em nenhum momento se mostra alheia à realidade que a cerca. Assim o fazer diferente demonstra um embate com questões que a sociedade considera como normal e padrão de conduta.
A produção é fortemente marcada pelo rock and roll, estilo músical que influenciou a mentalidade da juventude nas décadas de 60, mas que também foi considerado subversivo, interpretrado por artistas tidos “rebeldes” como os cantores Jimi Hendrix e Bob Dylan.
A busca de sentido que permeia a existência de todo ser humano, especialmente durante a sua juventude é caracterizada pela procura de referenciais que contribuam para a formação da identidade pessoal. A liberdade, nesse sentido, evidencia a não concordância com o sistema sociocultural vigente, e que suas atitudes demonstram que o jovem não está alheio aos problemas de seu tempo.
Sendo assim, é possivel ter em mente o anseio que o jovem tem em protagonizar a sua própria existência, sendo que a liberdade, unida à responsabilidade, pode, de fato, constituir as “armas” necessárias para a construção de uma sociedade justa, que saiba respeitar a individualidade do ser humano que, como diria o filósofo francês Sartre (1943), é condenado a ser livre.
É nesse contexto que se insere o nosso projeto, no sentido em que busca dar “espaço” aos jovens das diversas periferias de nossa cidade para que tragam à tona a peculiaridade de sua história, pelo revelar de suas identidades e expressões cultuais e incentivando a importância de sua forma de vida e o poder que têm de transformação de sua realidade.
Assim, apesar de se tratar de uma época um tanto quanto distante, esse filme pode ser repensado pela juventude atual pois remete a uma série de conquisatas alcançadas por essa juventude entre elas o direito à diversidade. Fica então uma reflexão: muitos das coisas que foram alcançados pela geração anos 60 foi com muito esforço e luta, portanto os jovens “de agora” podem e devem manifestar quem são e lutar pelo que querem!
Por Jamila Leoncio
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