Segundo Dayrell (2003, p. 40) “nos deparamos no cotidiano com uma série de imagens a respeito da juventude que interferem na nossa maneira de compreender os jovens”. O mesmo autor ainda diz que o jovem que vive nesta fase de transitoriedade tende a ser visto de forma negativa pelos olhos da sociedade. Porém esta mesma sociedade não se recorda que um dia já fez parte desta tribo e que já passou por essa fase, representando imagens diferentes ou parecidas, dependendo da época.
É nesta perspectiva que indico o longa norte americano “Freedom Writers”, que foi traduzido para o português como “Escritores da liberdade”. O filme deixa bem clara uma das visões , retratadas por Dayrell, na qual ser jovem representaria um período de transição para a fase adulta, e põe em pauta uma aparente “negatividade” estereotipada que é mostrada através de jovens que estão no auge de sua rebeldia, associada a um ambiente de violência, criminalidade e incredulidade.
Apesar de a maior parte dos meninos e meninas demonstrarem uma descrença no sistema educacional e na própria vida, bem como falta de perspectiva, pois o próprio meio não crê no potencial deles, há aqueles que acham que algo pode ser diferente e só aguardam por alguém que confie em seus potenciais mostrando que podem, sim, ser os protagonistas de sua história e mudança, usando essa rebeldia para a mudança e escrevendo sua liberdade.
Esse alguém esperado é vivido pela personagem da professora novata Erin, protagonizada pela atriz Hilary Swank, uma profissional cheia de sonhos que acredita que a realidade pode ser diferente.
A trama se passa em um cenário repleto de violência e gira em torno da professora e de jovens com suas diferentes histórias que têm em comum a vida em constante risco, devido à violência urbana. É uma verdadeira história de superação e de jovens que conseguem escrever o enredo de sua vida.
Por Simone Sousa Borges
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