07 outubro 2010

I Oficina sobre sexualidade e relações de gênero atrai jovens e desperta a curiosidade acerca do assunto

Camilla Tavares

      No sábado, dia 25 de setembro, aconteceu na Escola Estadual Espírito Santo (Maria Otília/Oficinas) a primeira oficina sobre sexualidade e gêneros, ministrada por Érika Pessanha d’Oliveira, psicóloga e professora da Unicentro de Irati. O tema foi sugerido pelos jovens participantes do Projeto Periferia de Ponta a Ponta.

      A oficina, chamada “Vamos conversar sobre sexualidade?”, contou com a participação de adolescentes da própria escola e também do bairro Ouro Verde, além dos estagiários do Projeto. A oficina foi dividida em quatro blocos, durante os quais os jovens puderam conhecer mais sobre o assunto.

A primeira atividade proposta pela psicóloga foi para, primeiro, conhecer os participantes. A dinâmica utilizada foi a chamada “Dinâmica do Palito de Fósforo”. Érika explicou aos jovens e estagiários que a pessoa só podia se apresentar e falar sobre si enquanto o palito de fósforo estivesse aceso. Quando ele apagava, não se podia mais falar. Desta forma, além de conhecer apenas o nome, a idade e onde estudavam, os integrantes puderam conhecer também o que a pessoa gosta de fazer nas horas vagas e etc. 

        Após a apresentação, a psicóloga começou a explicar aos participantes por que as pessoas agem e pensam de formas diferentes – o que é indispensável para entender as relações de gênero. 

        Na segunda atividade, os participantes foram divididos em grupos de três e quatro pessoas para que discutissem e apontassem quais as vantagens e desvantagens de ser homem e mulher. A partir das respostas, Érika conversou a respeito dos comportamentos entre homem e mulher, e tentou explicar por que diferem tanto. 

      Para entender melhor, a psicóloga passou um vídeo mostrando como o comportamento do homem e da mulher é socialmente construído pela sociedade em que vivemos. O vídeo abordava as relações de gêneros, exemplificava o modelo machista da sociedade, no qual o homem é o que trabalha fora, traz dinheiro para dentro de casa e é o chefe da família. Enquanto isso, a mulher é vista como submissa ao marido e como dona de casa. Outro aspecto abordado no vídeo foi que relações entre pessoas do mesmo sexo não são aceitas – ou ainda, não são “normais” – em nossa sociedade. 

      A última atividade desta primeira oficina foi para conhecer o corpo humano. Os participantes foram mais uma vez divididos em grupos e tiveram que desenhar a forma de uma pessoa e o que eles lembravam que existia dentro do corpo humano. A atividade contribuiu para introduzir a questão da sexualidade, juntamente com as dúvidas de cada participante acerca do tema, que foi entregue escrita. Esta última parte vai ser mais bem abordada na próxima oficina, que acontecerá no dia 23 de outubro.

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