01 setembro 2010

Stencil: arte e expressão

O stencil é uma vertente popular do grafite. É a técnica de aplicar desenhos e ilustrações em superfícies de cimento ou tecido com tinta. Também pode ser representada através de números, letras ou qualquer outro símbolo tipográfico. Essas imagens feitas através do stencil podem ser figurativas ou abstratas, tudo depende da imaginação de quem o faz e a mensagem que pretende transmitir.
A aplicação do stencil acontece de forma rápida e simples. Por isso, o risco se torna menor quando é feita em lugares não permitidos. Essa técnica nada mais é do que uma aplicação de tinta em uma superfície através de um molde de acetato (plástico duro), o qual também pode ser substituído por outro material rígido (papel, cartolina, papelão, metal, radiografia), que possa ser desenhado e recortado. Normalmente, o mesmo molde pode ser reutilizado várias vezes e em locais diferentes.


O stencil é uma técnica muito antiga; era utilizada para aplicar estampas em tecidos. Com o passar do tempo, começou a ser usada em decorações e assinatura de documentos em série.
Somente a partir do séc. XX essa técnica começou a ser utilizada como forma de expressão através de cartazes políticos. Nos anos 80, os artistas de rua começam a estampar paredes e ruas das cidades.

Oficina de Stencil promovida pelo projeto

No dia 28 de Agosto aconteceu no pátio da UEPG uma oficina de stencil, destinado aos jovens que participam do projeto Periferia de Ponta a Ponta. Estiveram presentes grupos do Borsato, do Ouro Verde e do Baraúna. O objetivo foi mostrar aos presentes como é fácil aprender as técnicas para se fazer o stencil e, dessa forma, levar essa arte adiante.
No início, todos estavam muito tímidos, mantendo-se concentrados cada um em seu grupo. Bastou o André Fedel e seus ajudantes, Guilherme Smanioto e Michell Michalczyszyn, começarem a explicar o que é o stencil e como ele pode ser utilizado que ficou difícil saber quem era de qual grupo. Logo todos estavam misturados, interagindo e compartilhando os materiais para a produção do seu próprio stencil.

 
Para a maioria, foi o primeiro contato com a arte. Gilson Oliveira, 21 anos e morador do Borsato, conta que não fazia idéia que era tão simples essa prática: “O mais difícil é ligar as linhas e depois cortar com o estilete para sair o formato desejado. Achei bem interessante essa oficina, muito legal mesmo!”. O que também chamou a atenção de Gilson é que ele imaginava que o material utilizado fosse outro. “O mais interessante é que o material é bem simples, imaginava que fosse mais complicado”, ressalta.
André Fedel, acadêmico de Geografia, que foi quem administrou a oficina acha que alguns participantes do evento poderão levar a arte adiante. “Teve gente que se empenhou e pode passar esses conhecimentos para outros”, destaca.
Já no final da tarde a energia ainda era tanta que os jovens não queriam saber de guardar o material. Ainda havia muita criatividade! Mesmo quando todos já haviam feito a estampa na sua camiseta, ainda queriam continuar fazendo na cartolina ou em qualquer outro pedacinho de papel que pudesse ser aproveitado.


O projeto Periferia de Ponta a Ponta aproveita para fazer um agradecimento especial a André Fedel, Guilherme Smanioto e Michell Michalczyszyn pela colaboração e por ajudarem a levar seus conhecimentos à periferia pontagrossense!


Carla Carraro – Egressa do curso de Jornalismo

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